1- Quero antes de tudo felicitar, a nossos irmãos e irmãs, pois celebramos hoje solenemente a padroeira Nossa Senhora Aparecida. Ela é invocada na Igreja com muitíssimas denominações: Nossa Senhora de Lourdes, Fátima, Carmo, Loreto, Laurent etc. Trata - se sempre da mesma personagem, Maria a mãe de Jesus, do verbo encarnado, do Salvador. Não pode ser ocasião de divisão, menos ainda, de desunião aquela que é a mãe do redentor. Antes da separação (ruptura) da Igreja Ortodoxa todos os cristãos à veneravam. (Maria) tributando-lhe um culto especial: o de hiperdulia. Somente a Trindade e a Santíssima Eucaristia nós rendemos o culto máximo: o de Latria, ou seja, de adoração. Aos Santos, em geral, veneramos pois formam de modo especial a grande família dos redimidos. Repito: Maria é especialíssima para nós católicos, pois, sendo ela a mãe do Salvador, foi para isso escolhida desde sempre pelo Pai, assumida pelo Verbo encarnado, como mãe e santificada, desde o início pelo Espírito Santo, a terceira pessoa da Santíssima Trindade. Precisava mais? Podia ter acontecido algo melhor? Não. Somente Ela podia chama-lo de Filho aqui na terra. Ela esteve ao lado de Jesus, do nascimento à sepultura. Foi saudada pelo anjo Gabriel (Lc 1,26) e também por Isabel, como a mãe do Senhor (Lc 1, 42).
2- Ela é a padroeira do Brasil, assim foi assumida desde o encontro de sua imagem no rio paraíba. Aparecida tornou-se, então, a cátedra Mariana para a evangelização. A partir dela, continua a dizer ainda hoje: “fazei tudo o que Ele vos disser”. (Jo 2,5). Na cruz, o filho moribundo, a deu como mãe ao discípulo João. (Jo 19,26). Hoje, João sou eu, és tu, somos todos nós. Por isso, somos mais felizes ainda. Temos, como mãe aquela que é a genitora de Jesus: o Verbo encarnado. Nós a estamos ouvindo, para assim seguirmos Jesus Cristo? A resposta é nossa: minha, tua.
3- Hoje, em dia, a honra e a venera, não quem vai a Aparecida como peregrino, mas aquele (aquela) que segue Jesus Cristo como discípulo na vida. Ela foi verdadeiramente, não apenas a mãe do Salvador, mas também sua melhor discípula. Ser sua mãe foi certamente a maior graça, mas segui-lo foi sua especial missão, pessoalmente assumida e integralmente cumprida. Viva Nossa Senhora Aparecida excelsa padroeira do Brasil.
+Dom Carmo João Rhoden, SCJ
Bispo Emérito de Taubaté-SP