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Hospital Bom Jesus

Quarta-feira da Semana Santa

1- Está em cena, novamente, Judas Iscariotes: o traidor. O contexto é solene. Trata-se da última ceia de Jesus com os seus. Percebe-se, ainda, que há algo de misterioso. Ignora-se, ainda, seu conteúdo. 1.1- Jesus o desfaz afirmando: “Um de vós há de me trair”. Foi uma ducha fria: um traidor entre os doze... É claro, que todos se perguntavam: “Serei eu?” Jesus, não responde, clara e taxativamente. “Aquele, que se servir comigo é que vai me trair”. 1.2- O Filho do homem vai, mas ai daquele homem por quem o Filho é traído. Melhor seria que, nunca, tivesse nascido (Mt 26, 24).

2- Não é bom falar, apenas, do passado. É muito fácil. De fato, não somos historiadores, mas cristãos. Cabe-nos meditar e aprender. Sempre. Procurar consegui-lo é humano. Aprender, mesmo, é cristão. E isso, urge. 2.1- Nossos tempos, mormente, os da pós-modernidade, são difíceis. Axiologicamente anêmicos, religiosamente confusos: sem mega ideais e grandes narrativas. Outros, ainda, os denominam de tempos de desconstrução (o pensador Deridá). 2.2- Também, na vida da Igreja, nem tudo que brilha é ouro. É preciso conversão: para Cristo e mais amor aos irmãos(as). Mais oração, também? Sim, mormente na forma da experiência de Deus. A Semana Santa é tempo oportuno, para tudo isso. Que Maria nos ajude.

 

+ DOM CARMO JOÃO RHODEN, SCJ

Bispo Emérito de Taubaté- SP

Quarta-feira da Semana Santa

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