1- João oferece as circunstâncias da vida, a ação de Jesus no tempo e espaço. Seis dias antes da Páscoa, em Betânia. Ele participa de uma ceia, na casa de amigos. Aquela família, não apenas ofereceu uma ceia, mas principalmente seu amor, carinho e participação na missão. Mas, vai além: ungiu-O com perfumes caros, como que preparando seu corpo, para a sepultura. Jesus a elogia, dizendo, que pobres os tereis sempre convosco, mas a mim, nem sempre. Aludia a sua morte.
2- O que podemos deduzir para nosso tempo? 2.1- Jesus não vive mais fisicamente entre nós, mas continua, espiritual e amorosamente conosco. Como, então, nós O acolhemos, hoje? De modo semelhante ao de Lázaro? Acolhamos, então, também, hoje, necessitados, pobres, doentes, idosos, realizando, assim, as bem-aventuranças. 2.2- Todo testemunho cristão tem seu custo, sua repercussão ou oposição. Outrora quiseram matar, também, Lázaro. Por quê? Porque dava verdadeiro testemunho de Jesus. Hoje, diríamos, evangelizava. 2.3- Nossas famílias são, em nossos dias, verdadeiros centros evangelizadores, edificadores do Reino de Deus? Continuamos a precisar de verdadeiros Lázaros, de Martas e Marias, em nossas comunidades. Somente, não podemos opor as duas (Marta e Maria), afirmando que uma é representante da mística e a outra mais da pastoral. Todo cristão que não é místico, talvez não seja nem mais cristão. (Carl Rahner). Ele (Jesus) não necessita mais de ceias e de perfumes, a não ser, dos perfumes das virtudes cristãs. Lembro, porém, que se Jesus, não mais necessita de ceia, pobres e necessitados há que dela precisam. Estes, não podem ser esquecidos, pois são os preferidos de Jesus. Feliz semana Santa e abençoada Pácoa!
+ DOM CARMO JOÃO RHODEN, SCJ
Bispo Emérito de Taubaté- SP