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Um dia, num certo lugar, estava Jesus a orar. Terminando a oração, disse-lhe um de seus discípulos: “Senhor, ensina-nos a rezar, como também João ensinou a seus discípulos”. (Lc11, 1). Por isso Ele enfatizou também, “a minha casa é casa da oração…” (Lc19,46) Porque? Porque meu povo deverá ser um povo orante pois é o povo da aliança. Jesus -a cabeça da Igreja- foi um grande orante (Ef 5,23), seu povo, portanto, não pode ser diferente. Orar é falar com Deus. Nossa oração é sempre um ato responsorial: falamos aquém ouvimos, Ele, nos fala principalmente pela escritura, mas também pelas circunstâncias da vida. Deus não é mudo nem surdo, mas dialógico e nós devemos sê-lo também. A vida é dom: é preciso agradecê-la, a saúde é dom: é preciso usá-la bem.A alegria é dom: é preciso vivê-la, tudo o que é bom é dom: é preciso por isso agradecer: Como? Orando, louvando, bendizendo e pedindo perdão pelas falhas, pois somos pecadores. Os Santos foram ou eram orantes. Nós não podemos ser diferentes. Infelizmente, falamos muito e oramos pouco. As consequências, as constatamos todos os dias.
+Dom Carmo João Rhoden, SCJ
Bispo Emérito de Taubaté-SP
