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Paulo fala do seu testemunho, “trabalho e fadigas, repetidas vigílias, com fome e sede, frequentes jejuns, frio e nudes” … (2Cor 11,27).
Jejum eclesiástico, ou seja, o prescrito pela Igreja, não é apenas deixar de comer em certos dias, ou comer menos, mas é antes de tudo, ser solidário com os que padecem ajudando-os, não apenas com esmolas, mas procurando estar ao lado deles com amor e espírito de caridade. É privar-se de …para socorrer mais e melhor aos necessitados. Somente jejuar não é necessariamente atitude cristã. Poderia ser necessidade de emagrecer, ou alguma doença, quando não um pouco de ganância. A igreja, deve formar seus filhos a imitar Jesus Cristo que jejuou. (Mt 4,2): orou e esteve ao lado dos carentes. A Igreja é uma grande comunidade, onde os que possuem mais, devem pensar e ajudar os que passam por dificuldades. A quaresma é tempo oportuno, para refletir mais e melhor sobre o testemunho, ou seja, o exemplo de Cristo. O jejum deve ser acompanhado de outras atitudes cristãs, como: oração, visitas a doentes, idosos, bem como fraternidade e solidariedade. Os doentes, estão dispensados, bem como as crianças e os que estão acima dos 59 anos completos. A Igreja é mãe e não madrasta, com todo respeito para com elas, as devotadas madrastas. Jejuar se torna também um ato de auto domínio e crescimento na vivência da fé. Abençoado Jejum a todos.
+Dom Carmo João Rhoden, SCJ
Bispo Emérito de Taubaté-SP
