Texto referencial: “E, logo ao subir da água, Ele (Jesus) viu os céus se rasgando e o Espírito, como uma pomba, descer sobre Ele. E, uma voz vindo do céu: “Tu és meu Filho amado, em Ti me comprazo”.”
1- Jesus nem precisava ser batizado. Trata-se do Filho de Deus: o salvador. Mas Ele quis, assim, assumir sua missão evangelizadora, sendo exemplo para nós. 1.1: Nós (católicos) batizamos crianças, porque vemos no batismo uma graça de Deus, um sacramento da Igreja: o nascimento do alto, ou seja, de Deus, como Jesus falou a Nicodemos. (Jo 3, 3-8). 1.2: Jesus assumiu seu batismo, evangelizando e cumprindo com a sua missão, sendo modelo para nós, enfrentando as tentações do demônio: vencendo-o. 1.3: O que se tornou o batismo, hoje? Muitas vezes, apenas um ato social, pois os pais não vivem seu batismo e até os padrinhos, que deveriam ser testemunhas da fé, como os próprios pais, não são praticantes. A cerimonia se tornou um ato social, o momento para fazer festa, e o batizando, receber presentes. 1.4: É preciso rever, urgentemente, esta prática. Ele (o batismo), deveria ser ocasião de demonstração da fé dos pais e padrinhos, de participação da vida da comunidade. Jesus viveu fielmente sua missão profética até a morte. E nós, hoje, não agimos, às vezes, como fariseus? Por que tantas igrejas, hoje em dia? Quem as autorizou? Quem são os fundadores? Certamente, não Cristo, pois Este, instituiu o Reino de Deus, e depois a Igreja, como instrumento da difusão do Reino. (cf Mt16, 18-19; Jo 21, 15-19). Lembro, então, que para todos os cristãos o Evangelho e a tradição são referenciais. Possa, então, a festa da Epifania ser o momento de aprofundamento da fé, assumindo melhor, nós -os adultos-, nossa vivência religiosa.
+ DOM CARMO JOÃO RHODEN, SCJ
Bispo Emérito de Taubaté- SP