1- O texto de João é novamente riquíssimo. Percebe-se que a morte de Jesus está próxima, assim como, nossa salvação. Jesus fala, da morte próxima, como sua hora. Aliás, a vida de Jesus, está sempre voltada para sua morte e ressureição. Ele veio para realizar sua vida e missão, esta com amor, doação e entrega total.
2- Falando da necessidade de sua morte, Ele a compara ao grão de trigo que, para produzir, deve ser plantado, morrer para si, e assim, dar os frutos desejados. Ele abraça sua cruz, plenamente: pois assim, cumpre sua missão, mostra toda sua gratidão ao Pai, que por sua vez, vai glorificá-Lo.
3- A cruz era, então, o pior instrumento de morte possível. Jesus, no entanto, a assume com todo o amor filial, pois onde a inimaginável ingratidão humana chegara, lá somente o infinito amor trinitário, poderia ser a resposta.
4- Jesus mostra, claramente, sua consciência de que deveria ser elevado na cruz, para vivenciar plenamente, o conteúdo central da história da salvação. Ele (Jesus), é assim, o verdadeiro e único sinal de salvação oferecido. Para este sinal, nosso olhar criatural e cristão, deveria estar sempre voltado. Nós, queremos sempre vivenciá-lo. Consegui-lo-á, quem assumir o projeto da Campanha da Fraternidade: “Vós sois todos irmãos e irmãs” (Mt 23, 8).
+ DOM CARMO JOÃO RHODEN, SCJ
Bispo Emérito de Taubaté- SP