1- A parte mais profunda e envolvente do pensamento teológico joanino é: “Deus é amor” (1Jo 4, 8.16). Devo, porém, acrescentar, ainda, o complemento de João: “Deus nos amou por primeiro” (1Jo 4, 10.19). Assim sendo, Deus não é somente amor, que, aliás, já demonstrou clara e indiscutivelmente. Portanto, criatura alguma poderá queixar-se de não ter sentido o amor criador e salvífico de Deus por ela. Certamente, muitos filhos da sociedade atual, pode lançar em face a seus pais, gritando: “que nunca sentiram amor paterno e materno dos seus”, querendo, assim, até justificar a própria revolta.
2- “Pois Deus amou tanto o mundo, que enviou seu próprio Filho Jesus Cristo, para salvá-lo, pela morte de cruz”. (Jo 3, 16-17). Ninguém deu tanto de si, por nós, quanto nosso amado Pai celeste. Ele, em diálogo trinitário, com o Filho - Jesus Cristo- e o Espírito Santo, revelou que não é apenas Criador, mas, também, Salvador. Cabe, no entanto, frisar que a missão encarnatória foi assumida por Jesus, que veio ao nosso encontro.
3- Os “Nicodemos” de ontem e de hoje, ainda não conhecem, nem experienciam a grandeza do amor trinitário. De quem é a culpa? Nossa. Há, ainda, alguma dúvida? 3.1- O texto de Jo 3, 14-21, não foi, aqui, por mim desenvolvido. Por quê? Para cada qual, poder aprofundá-lo pessoalmente.
+ DOM CARMO JOÃO RHODEN, SCJ
Bispo Emérito de Taubaté- SP